Será que é possível dizer que o meio ambiente está tendo impactos
positivos em meio ao caos da pandemia do Covid-19?
Há evidências
de resultados positivos com o isolamento social imposto pela pandemia do
coronavírus. Registro de imagens de satélite mostram que está temporariamente
diminuindo os níveis de poluição do ar ao redor do mundo e especialistas
apontam a quarentena como o evento de maior escala já registrado em termos de
redução de emissões industriais.
A Agência Espacial Europeia (ESA) detectou uma redução de dióxido de nitrogênio (NO2), composto químico que contribui para a poluição atmosférica e para a chuva ácida. O NO2 é resultado de emissões de carros e outros processos industriais, podendo, entre outras coisas, causar problemas respiratórios.
Sabemos que essas mudanças ambientais
são temporárias e que é preciso romper o paradigma do consumismo (uma das
causas mais relevante da degradação da natureza). É possível dizer que a
pandemia por imposição, pode fazer com que o mundo acorde para uma revolução
maior da consciência ambiental.
A
produção de resíduos sólidos no Brasil também caiu, segundo dados da Abrelpe - Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, que mostra uma queda na
geração de resíduos domiciliares de 7,25%, em abril, na comparação com o mesmo
período do ano passado. A pesquisa foi feita junto a empresas que representam 60%
do mercado privado de limpeza urbana e que atuam em todas as regiões do Brasil.
O estudo da Abrelpe também mostrou que a coleta de materiais recicláveis
aumentou entre 25% e 30% no período, e isso não indica aumento da reciclagem,
pois segundo os dados uma boa parte do volume coletado tem sido encaminhado
para os aterros sanitários devido ao fechamento ou diminuição da atuação nas
unidades de triagem em diversas cidades.
É possível que essas relevantes mudanças possam trazer
novos conceitos para um viver mais consciente pós-pandemia, um novo modelo de sociedade
verdadeiramente igualitária, com um olhar mais humano e comprometido com a sustentabilidade do nosso planeta.
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